Enquanto o Barcelona prepara os planos para a próxima temporada, a chegada de Joshua Kimmich ganhou destaque como uma operação prioritária.
O objectivo é de facto difícil de cumprir dada a situação económica do clube, mas o recém-nomeado treinador Hansi Flick terá interesse pessoal em convencer o jogador a chegar.
Afinal, a dupla já trabalhou junta no passado, tanto no Bayern de Munique quanto na seleção alemã. Não é de surpreender que o novo técnico do Barcelona considere certo trazer a estrela do meio-campo.
Arraigado no meio-campo
Caso a transferência de Kimmich para o Barcelona dê certo, não há dúvida de que o craque jogará no meio-campo defensivo.
Como parte da configuração tradicional de 4-2-3-1 de Flick, ele fará parte de um pivô duplo do clube, provavelmente na esquerda.
O meio-campista alemão de 29 anos provou ser um pivô competente ao longo dos anos, embora apenas quando emparelhado com um meio-campista mais defensivo. Kimmich tem uma mentalidade mais ofensiva do que o meio-campista médio e, portanto, requer contrapeso.
Com a chegada de Kimmich surge a necessidade de outro pivô que possa complementar melhor seu estilo. Javi Guerra é apontado como um possível alvo, mas resta saber se ambas as transferências serão possíveis num único verão.
Frenkie de Jong é outra opção decente para atuar ao lado do jogador de 29 anos, enquanto Ilkay Gundogan também é uma alternativa, já que Flick poderia colocar em campo um pivô duplo totalmente alemão, embora houvesse algumas preocupações com essa dupla.
Pedri deve atuar como número 10 no 4-2-3-1, com Fermin Lopez também como opção para essa posição.
O dilema alemão
A chegada de Kimmich contribuirá muito para resolver a dinâmica do meio-campo de Flick para a próxima temporada. No entanto, irá reacender um antigo dilema do treinador alemão.
A passagem de Flick pela seleção alemã não foi memorável e chegou ao fim após a Copa do Mundo FIFA de 2022. Um dos maiores problemas que ele enfrentou naquele torneio, principalmente, foi equilibrar a dinâmica de Gundogan e Kimmich.
Com Thomas Muller na função de meio-campo ofensivo, Gundogan-Kimmich foi a dupla de pivô duplo preferida de Flick. A dupla não se saiu bem para a equipe de Flick, já que foi cortada ao meio regularmente e sofreu cinco gols em três jogos.
Resta saber como o técnico administra a dinâmica entre Gundogan, que foi o melhor meio-campista do Barcelona na temporada passada, e Kimmich, em quem ele aposta pessoalmente.
Mais importante ainda, a presença da dupla pode afetar diretamente os minutos de Gavi e Frenkie de Jong.