Antes de sediar a Copa do Mundo daqui a dois anos, os EUA vão ganhar um aperitivo neste verão.
A Copa América, campeonato continental da América do Sul, será disputada nos Estados Unidos neste verão pela primeira vez em oito anos, com seleções norte-americanas convidadas para competir contra Argentina, Brasil, Colômbia e Uruguai.
Embora times de fora da América do Sul tenham sido regularmente convidados para a Copa América, nenhum deles jamais ganhou o torneio, com as duas participações finais do México em 1993 e 2001 representando o melhor resultado para um time fora do continente.
Os EUA, o México e o Canadá, porém, estarão entre as seleções que buscam mudar isso neste verão, a partir da noite de quinta-feira.
Ethan Sears, do Post, analisa cinco jogos para assistir na fase de grupos da Copa América:
Argentina x Canadá (quinta-feira, 20h, Grupo A, em Atlanta)
É raro num torneio internacional que o jogo de abertura não seja disputado pelo país anfitrião, mas será o caso em Miami, na quinta-feira, já que Lionel Messi é uma empresa própria.
A Argentina abre a defesa do título da Copa de 2021 na nova cidade natal de Messi, contra uma seleção do Canadá que tem lutado desde uma campanha insurgente para se classificar para a Copa do Mundo de 2022.
Sob o comando do novo técnico Jesse Marsch, porém, os canadenses estarão de olho na qualificação para a fase a eliminar, com a estreia sendo um teste decisivo imediato.
Chile x Argentina (terça-feira, 21h, Grupo A, em East Rutherford)
Uma das duas partidas da fase de grupos a serem disputadas no MetLife Stadium deve ser um dos destaques do início do torneio.
A última vez que Chile e Argentina se enfrentaram em Nova Jersey foi na final da Copa América de 2016 – um empate em 0 a 0 que terminou com a vitória dos chilenos na disputa de pênaltis, negando à Argentina de Messi o primeiro grande troféu.
O núcleo do Chile está agora no lado mais velho e não será surpresa que a Argentina seja consideravelmente favorita neste jogo.
Mas esta é uma rivalidade sul-americana clássica e uma chance de pegar Messi perto de casa, e só isso o qualifica para esta vaga.
México x Equador (30 de junho, 20h, Grupo B, em Glendale, Arizona)
À medida que os EUA ascenderam ao topo do futebol norte-americano, também o México caiu de uma posição que outrora dominava.
O fracasso em passar da fase de grupos da Copa do Mundo do Catar representou o pior resultado do México no torneio desde que foi banido da edição de 1990, e o pior em um torneio em que se classificou desde 1978.
O técnico Jaime Lozano, natural do México, chega a este torneio com o programa sob imenso escrutínio, apesar de ter vencido a Copa Ouro de 2023, e com a chance de seu time provar seu valor diante do que será de fato uma torcida local em todos os jogos. .
O México deve sair de um grupo que também inclui Equador, Venezuela e Jamaica, mas esta partida contra os equatorianos será o maior teste dos três.
Se conseguirem vencer – e provavelmente vencer o grupo junto com ele – isso provavelmente significaria evitar a Argentina nas quartas de final.
EUA x Uruguai (1º de julho, 21h, Grupo C, em Kansas City, Missouri)
Não há tanto desconforto com a entrada da USMNT neste torneio quanto com o México, mas comparado ao otimismo rumo à Copa do Mundo há dois anos, a equipe de Gregg Berhalter está em uma encruzilhada.
O Uruguai, tradicional potência sul-americana, será o primeiro grande teste desta Copa América para uma seleção que ainda não conquistou uma vitória contra tal seleção.
O resultado aqui ajudará a definir o tom do discurso em torno da seleção nacional nos próximos dois anos – embora não tanto quanto o resultado final deste torneio – e provavelmente decidirá o vencedor do grupo.
Brasil x Colômbia (2 de julho, 21h, Grupo D, em Santa Clara, Califórnia)
É uma pena que Brasil x Colômbia seja a final do Grupo D e não a estreia, pois é possível que ambas as seleções já tenham garantido a promoção no momento do confronto.
Ainda assim, no papel esta parece ser a melhor partida da fase de grupos e pode determinar o adversário dos EUA nas quartas de final caso os americanos avancem.
O Brasil está em uma posição particularmente interessante neste torneio, com uma nova geração liderada por Vinicius Jr., Rodrygo e Endrick entrando no centro das atenções.
O empate em 1 a 1 com a USMNT na última partida antes do torneio causou histrionismo em casa, com a lenda brasileira Ronaldinho criticando o elenco e dizendo que não assistiria à Copa.
Veremos se ele finalmente voltará atrás nessa promessa.